Por Adriana Domingues, Ana Lucia Gondim Bastos, Jaquelina Imbrizi e Julia Bartsch
O que a ministra Damares Alves, a artista Anitta e as recentes e recorrentes denúncias de casos de estupro de crianças têm em comum? Nada, do ponto de vista dos fatos em si, mas, tudo, se considerarmos a forma como as crianças têm se tornado adolescentes.
O filme franco-senegalês Mignonnes (Netflix), dirigido por Maïmouna Doucouré, nos levou a colocar em análise esses acontecimentos descritos acima. Nele, acompanhamos o cotidiano de Amy (Fathia Youssouf), uma menina senegalesa de 11 anos de idade, em seu processo de amadurecimento e autoconhecimento em plena transição entre a infância e a adolescência.
Acresce-se o fato de que há mudanças na configuração familiar e de endereço: uma nova casa e escola em um bairro periférico de Paris. Constituída em uma comunidade muçulmana, ela se encontra diante dos desafios de adaptar-se às novas exigências e amizades derivadas dessa mudança, como também os dilemas provocados por um processo de questionamentos e estranhamentos dos valores e tradições impostos por sua comunidade. A dança é o meio pelo qual a protagonista se insere em um grupo de outras pré-adolescentes e enfrenta os desafios em direção à essa transição. Buscando inspiração para novas coreografias, Amy recorre à internet para assistir vídeos de danças carregadas de conteúdos sexuais, e ensina à suas amigas como deve-se balançar os quadris e colocar a mão na boca como forma de sedução. Coreografias que explicitam apelo sexual, mostradas em close-up e, por isso, causam incômodos e desconfortos no espectador, ao mesmo tempo em que há um clima de leveza nas poses sedutoras e nas brincadeiras entre as garotas. Estariam elas brincando e nem teriam noção da erotização precoce de seus próprios corpos?
Essas cenas foram criticadas pela ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em sua tentativa de censurar a exibição do filme nas plataformas streaming. Seu argumento baseia-se na proteção das crianças e adolescentes contra a “promoção da pedofilia” e à favor de “botarmos freio em conteúdos que coloquem as crianças em risco ou as exponham à erotização precoce”, como afirma em sua nota. Uma petição semelhante foi lançada por grupos políticos conservadores e religiosos nos Estados Unidos, solicitando, também, que o filme fosse removido da plataforma. Em entrevista, a diretora do longa relata que passou a receber ameaças de morte, além de um pedido formal de desculpas do co-CEO da Netflix pela forma inadequada como o filme foi divulgado, evidenciando muito mais as danças sensuais do que o drama em questão (relativo ao lugar social destinado às nossas meninas adolescentes).
A diretora justifica sua escolha por tal abordagem relatando as inúmeras entrevistas que fez com pré-adolescentes para entender a noção que construíram sobre a feminilidade e como as redes sociais influenciaram esta construção. O filme, que ganhou um dos principais prêmios do Festival de Sundance, em 2020, ocupa-se em mostrar o fascínio que a dança exerce sobre as adolescentes, a busca por libertar-se dos valores familiares e da tradição religiosa, o desenvolvimento da sexualidade e da feminilidade e os conflitos que isso envolve. É, assim, uma forma de revelar a ordem patriarcal e religiosa presente em nossos processos de amadurecimento e na construção das relações entre os gêneros. Por isso, o filme coloca em evidência muito mais as contradições e relativizações do mundo adulto do que a ingenuidade e imaturidade das crianças frente a esses contrassensos.
Começamos colocando em análise o uso das redes sociais e, atualmente, o surgimento de vários influenciadores digitais que conduzem adultos e crianças aos padrões e opiniões esperados pela publicidade que os “vende” como produtos. Diariamente, estamos expostos à todo tipo de comportamento e lançamento de tendências que nos dizem como devemos nos portar diante dos outros, nos vestir para nos sentirmos mais desejadas, escolher a opção mais criativa e inovadora, o gesto mais adequado e oportuno – uma sociedade de pessoas que reproduzem aquilo que é ditado por influenciadores digitais, sem questionar o conteúdo e as experiências de quem influencia.
E como isso ocorre no seio de uma comunidade religiosa? Ao retratar uma comunidade muçulmana, a diretora explicita os valores e o silêncio impostos às mulheres, como a imposição da aceitação da poligamia do marido. Questionamos, aqui, a forma como esta atua na proteção à identidade cultural e religiosa, mas também à repressão de corpos e desejos. E não nos referimos apenas à comunidade muçulmana, mas aos modos de vida impostos por uma comunidade que se sustenta em nome da oferta de segurança e pertencimento. Repleta de dogmas religiosos, a experiência comunitária vivida por Amy nos faz perceber o paradoxo existente entre uma tentativa de conservação de valores ancestrais e a exposição cotidiana aos costumes seculares e contemporâneos. A dança, forte representante de manifestações culturais mundo afora e, desta forma, tão presente nos países africanos, como o Senegal, é o caminho que nossa protagonista encontra para tentar lidar com esse paradoxo. Expressão artística que tanto nos convoca e provoca à libertação dos rígidos lugares de confinamento do corpo feminino.
Recorremos, agora, à Anitta, Mc Melody e a tantas outras artistas que facilmente encontramos na internet e nas redes sociais, mas que não são novidade. Parece que passamos a viver certa hipersexualização dos corpos, pelo menos na dança, desde os tempos de “Na boquinha da garrafa”, nos idos dos anos 90, do grupo É o Tchan. Ainda que de forma não consciente e muito menos crítica, jovens adolescentes, recém saídas da infância, como Amy, imitavam movimentos de penetração em um ato sexual. Em seus vídeos, Anitta fica de costas para as câmeras e mostra seu rebolado ao som do funk, tão sensual e sexualizado quanto as letras de suas músicas. Como não se contagiar e desejar a liberdade com o próprio corpo e a sexualidade? Como evitar que crianças queiram imitá-la, mesmo que não entendam as projeções do mundo adulto? Em outras palavras, como evitar que as crianças hipersexualizem precocemente os seus corpos se o que têm à disposição como sinônimo de sucesso e fama são exatamente aquilo que os adultos valorizam e consomem?
Podemos citar, também, como o filme retrata, o uso de aplicativos para celular que fazem as pessoas parecerem mais bonitas, maquiadas e sensuais, ao terem suas fotos publicadas nas redes sociais. Como aceitar o próprio corpo e as características pessoais com tantos recursos disponíveis para parecermos outra pessoa, muito mais próximo de um Ideal de Eu amplamente oferecido pela publicidade? Nenhuma comunidade é capaz de evitar esses contágios! Muito menos em tempos de smartphones, com o mundo da internet a mão, com suas redes sociais e seus múltiplos recursos para capturar o máximo da sua atenção e sonhos de consumo, te oferecendo seduções de todas as ordens e preenchendo seus desejos de resgate narcísico a cada like ou nova visualização de “seguidores” do seu perfil (milimetricamente calculado para manter a imagem idealizada que se procura, e muitas vezes se consegue, passar). Uma imagem sem corpo e, tantas vezes, sem alma, capaz de te levar aos céus com a adoração do outro, ou ao inferno na possibilidade de um “mau passo” na vida virtual, acompanhada por uma multidão.
Ao mesmo tempo em que este filme causa polêmica, assistimos indignados às denúncias crescentes de estupros de crianças, seguidos, muitas vezes inclusive, por uma gravidez. Torna-se difícil compreender a hipocrisia de uma comunidade que se diz religiosa (seja qual for a referência religiosa), e que tem em seu histórico a violação sexual de suas crianças e o silêncio cúmplice desses abusos. Se a polêmica provocada pelo filme se dirige à hipersexualização precoce de crianças, não cabe utilizar como argumento a sua proteção em um contexto cercado por tantas contradições, em especial quando o que o filme nos leva, justamente, a criticar a erotização precoce. Uma sociedade em que os homens gozam do privilégio de liberdade total em suas manifestações de desejos sexuais (contanto que dentro de uma heteronormatividade, é evidente), enquanto as mulheres são julgadas por seus olhares, gestos ou vestimentas; em que adultos violam e violentam crianças, enquanto exigem que a mídia, a escola e os governantes a protejam, inclusive da educação sexual. Vivemos em uma sociedade em que somos intransigentes apenas com aquilo que nos convém para a manutenção de uma lógica patriarcal autoritária e desigual.
Nesse sentido, cabe destacar também a ênfase atribuída à hipersexualização da infância pelos críticos conservadores hipócritas e nenhuma menção à violência simbólica que a mãe da pré-adolescente sofre durante o filme. Na trama, ela precisa aceitar o casamento do seu marido com a nova esposa como algo natural em sua cultura e religião. Amy sofre junto com a mãe que, parece, não tem recursos financeiros e afetivos para construir estratégias e escapar das imposições e normas familiares. Uma tia e uma avó são a personificação da tradição na vida de Amy.
A escolha da diretora por enquadrar, na grande tela do cinema, o rebolado nas coreografias das meninas com ângulos pouco sutis, também se refere à sua decisão por mostrar o cotidiano de crianças imigrantes, ainda mais vulneráveis e expostas a toda forma de consumo do corpo e de comportamentos. E, talvez, por esta razão, seja essa vulnerabilidade que mais nos incomode.
Outro tema tabu é explicitado pela diretora ao demonstrar os efeitos da primeira menstruação nas feições da atriz que interpreta Amy. Como também, o fato de que a diretora aponta as mudanças de comportamento da mãe e da avó porque agora elas estão de frente para uma mulher. Portanto, se homens e mulheres têm que passar por transformações corporais durante a puberdade, são as mulheres que sofrem o estranhamento diante da menstruação. A delicadeza da diretora ao apresentar imagens de estranhamento de Amy e das felicitações dos familiares demonstram um portal atravessado, preparada ou não para a nova atribuição: agora Amy é uma mulher. Como não nos lembrar da nossa primeira menstruação, nós mulheres telespectadoras, das primeiras orientações dos pais ou das amigas, de como cuidar dessa nova forma de funcionamento corporal infalível e mensal? Como não cantarolar o clássico de Rita Lee: “Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra”. Ao mesmo tempo em que há o incômodo da menstruação, há a sinalização de mais uma imposição da sociedade diante do corpo da mulher – ela e o seu corpo estão sendo preparados para a gravidez e para o exercício do papel de mãe.
Diferente do que prega a ministra ‘terrivelmente religiosa’ Damares, nós defendemos a educação sexual precoce. Desde a educação infantil é importante ensinar como cada um pode cuidar do seu próprio corpo, como é fundamental o exercício do prazer, como a prevenção da gravidez é um direito de todes. O filme aqui em foco é uma grande oportunidade para abrirmos o debate sobre a sexualidade e o prazer. Parece que nos posicionamos na contra-corrente, no que se refere ao governo conservador atual, e que nossos esforços por nadar contra a maré nos ajude a não chegar atrasados diante das possibilidades de gravidez precoce que ainda assombram e atingem as jovens em situação de vulnerabilidade social. O prazer sexual é um direito de todes. É na educação sexual precoce que é possível preparar crianças para identificar um abuso sexual.
Nesse esforço, precisamos distinguir sexualização de sexualidade. A sexualização diz respeito ao fenômeno de objetificar sexualmente algo ou alguém, ou de dar um caráter sexual. A sexualidade, por sua vez, nada mais é do que aquilo que, segundo a Organização Mundial da Saúde, “faz parte da personalidade de cada um, sendo uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida”1. Freud, em 1905, em seus Três Ensaios sobre a Sexualidade, já apontava a sexualidade como algo presente na vida humana desde a infância. O problema em questão é a tentativa de censurar materiais que apontem justamente a agressão ao processo natural de formação da sexualidade e impedir o acesso à educação sexual. A compreensão da sexualidade, esta sim, precisa ser naturalizada e historicizada. Em 1905, portanto, há mais de cem anos, Freud trazia a revolucionária teoria sobre a sexualidade infantil. Ele inicia o capítulo com o que ainda hoje parece estar presente em muitos discursos atuais: “Faz parte da opinião popular sobre a pulsão sexual que ela está ausente na infância e só desperta no período de vida designado da puberdade. Mas esse não é apenas um erro qualquer, e sim um equívoco de graves consequências, pois é o principal culpado de nossa ignorância de hoje sobre as condições básicas da vida sexual”2.
O filme não é dirigido ao público infantil. Ele traz uma problemática criada pela atmosfera do adulto que, muitas vezes, está altamente erotizada e que faz do sexo mais um produto de consumo. É esse público adulto que é levado, através da arte, a refletir sobre a necessidade de diálogo sobre a educação sexual, a criação de desejos e a formação de modelos de aceitação em novos mundos que se tornam referências também para crianças e jovens, ávidos por fazerem parte da comunidade humana.
Em Mignonnes, Amy e suas companheiras de dança estariam inseridas, por suas idades, no que Freud chamou de período de latência. Esse período antecede a puberdade e se refere ao momento no qual as pulsões sexuais estão mais afloradas. O desenvolvimento saudável da sexualidade depende de como se dá a relação com o corpo desde a mais tenra infância e de como ele vai sendo visto e percebido durante o seu crescimento e do que é dito sobre ele. Dependerá também do papel da estrutura corporal em cada contexto cultural. Amy não entende que, para o mundo adulto, seus gestos de dança têm conotação sexual, mas, os mundos aos quais ela pertence lhe dirão o que eles significam em algum momento. Uma passagem muito significativa, do filme, neste sentido, é a de Amy chegando na escola com roupas e postura da mulher “empoderada” que, supostamente, aquelas coreografias e o lugar no grupo de dança a fizeram possuir. Depois de poucos momentos de olhares de admiração que confirmavam o lugar de destaque no mundo cheio de incertezas e inseguranças, Amy puxa briga com meninas mais velhas e acaba por ter exposta sua velha calcinha de criança. A cena filmada e viralizada na internet faz toda aquela frágil construção ruir, levando Amy, novamente, ao desamparo e a buscas perigosas para dele se defender.
A ilustração do filme mostra que pode fazer muita diferença a maneira como essas tentativas de inserção no mundo adulto são tratadas. Se for de maneira puramente moralista, poderíamos pensar que, num futuro hipotético, traria sofrimento permeado de vergonha, culpa e um processo autopunitivo que relacionaria a sexualidade com imoralidade, tornando o que seria prazer em desprazer. Se for de maneira instrutiva, Amy compreenderá sua inocência e se relacionará com seu corpo e o corpo do outro, ao alcançar a fase genital da puberdade, de maneira saudável, aceitando a sexualidade como uma prática humana natural, entendendo essas tentativas desajeitadas como parte de um processo inevitável, já que contornadas pelo contexto sócio histórico em que ocorreram.
A grande questão é que Amy observa e apreende mundos diversos. Em um, o corpo da mulher não lhe pertence; deve estar à disposição do homem e torna-se adulta ao tornar-se fértil. Em outro, é produto a ser consumido. Como esse produto deve ser apresentado traz um terceiro mundo, o virtual, onde Amy colhe informações de como deve se expor. É escondida sob vestes que lhe cobrem o corpo que Amy assiste ao vídeo que lhe apresenta o que ela acredita ser a verdadeira forma de ser vista. Muitas são as cenas que enfatizam o olhar de Amy no momento da escolha do “figurino” de apresentação, o figurino da mulher que quer ser, que deve ser, que consegue ou que pode vir a ser. Seu figurino transita do longo vestido bordado que lhe é dado para o casamento do pai com a segunda esposa ao shortinho de lycra para dança, passando pela camiseta do irmão caçula que deixa sua barriga à mostra.
E assim, aos poucos, vemos esta criança tentando entender um mundo diferente do seu. Assistimos ao desespero de Amy para enquadrar-se. Seu corpo, que em seu mundo de origem devia estar escondido, expõe-se radicalmente. Por falta de uma direção que lhe indique a existência de um meio termo possível, Amy vai de um extremo ao outro, como que para indicar que, para pertencer a outro mundo, deve opor-se totalmente ao anterior. O que há em comum em ambos os mundos é a exigência de que Amy se torne mulher para ser aceita. É a mensagem de seu universo original que lhe fará acreditar que, para ser aceita em outro espaço, ela precisa buscar o modelo de mulher almejado nele – o de mulher objetificada, hipersexualizada em formas e roupas criadas para tal.
O dilema de Amy parece se resumir em aceitar ou não as imposições da tradição religiosa, espelhar-se nas amigas que a ameaçam de cancelamento o tempo todo se ela não se adequar às atitudes e vestimentas consideradas adequadas para estudantes contemporâneas ou, simplesmente, brincar e curtir a leveza de um pula-cordas nas imediações do bairro periférico. É a imagem desse sorriso de criança que pode se exercitar em brincadeiras típicas da infância que ilumina o rosto de Amy e que, alegre e em saltos cada vez mais altos, ilumina também o espírito dos telespectadores. Bela cena construída pela diretora que nos direciona para a ideia defendida por excelentes filmes nacionais, como é o Tarja Branca (Rhoden, 2014).
Ao saltarmos para a cena final do filme, temos uma simbologia de como Amy encontra equilíbrio e faz as pazes com sua infância. Liberada por sua mãe para ausentar-se da festa de casamento do pai com a segunda mulher, Amy se depara com a liberdade na rua e entra em uma brincadeira de criança. Na obra “A interpretação dos sonhos”, lançada em 1900, Freud, ao falar de sonhos sobre voar ou cair, lembra que “o prazer que as criancinhas extraem das brincadeiras desse tipo3 (bem como dos balanços e gangorras) é bem conhecido (…). Não é incomum a ocorrência de que esses jogos de movimento, embora inocentes em si mesmos, dêem margem a sensações sexuais”4. Seu corpo infantil encontra o prazer em pular uma corda movimentada por duas outras crianças como ela. Ali, ela se insere em seu mundo de maneira natural e retoma sua rota para desenvolver-se saudavelmente e dentro de seu tempo.
Por fim, a repressão da sexualidade poderia ser comparada a impedir alguém de aprender a andar. Essa mesma repressão, envolta de normativas morais, sejam elas culturais ou religiosas, obsta aos adultos ensinarem suas crianças a darem seus passos dentro do tempo esperado conforme estas vão se desenvolvendo. Talvez possamos pensar que são os adultos os que precisam fazer a lição de casa e tentarem entender os motivos de suas dificuldades em lidar com uma questão tão humana que foi e continua sendo, portanto, de todos nós!
Notas e referências
1 http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/sexualidade
2 Freud, S. A sexualidade infantil. In: Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905). Imago, São Paulo, 1998. p. 163.
3 Freud refere-se às brincadeiras de serem levantadas por adultos que fingem fazê-las voar.4 Freud. S. A interpretação dos Sonhos (1900), Imago, São Paulo, 1998. p. 426-427
